Manutenção de Mangueiras de Incêndio: O Guia do Teste Hidrostático e os Riscos de Equipamentos Vencidos
Você comprou a mangueira de incêndio correta, do Tipo e da qualidade exigidos para sua edificação. Ótimo, o primeiro passo foi dado. Mas como garantir que, daqui a seis meses, um ano ou três anos, ela funcionará com a mesma eficácia e segurança do primeiro dia? A resposta está em uma palavra: manutenção.
Assim como um carro, uma mangueira de incêndio exige inspeções e testes periódicos para ser confiável. Negligenciar essa rotina, regida pela norma ABNT NBR 12779, é um dos riscos mais graves que um gestor pode correr. Este guia prático da Distribuidora Fadef detalha suas responsabilidades.
A Sua Parte: A Inspeção Visual Periódica
No mínimo a cada três meses, o responsável pela edificação (síndico, gestor de manutenção) deve fazer uma inspeção visual em todos os pontos de hidrante. É um check-up rápido que pode identificar problemas graves:
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Acesso e Abrigo: A caixa do hidrante está desobstruída, sinalizada e de fácil acesso?
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Mangueira: Ela está enrolada corretamente (aduchada)? Apresenta sinais de mofo, umidade, rachaduras, ou desgaste visível?
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Componentes: O esguicho, a chave Storz e o registro estão no lugar e em bom estado?
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Vazamentos: Há algum sinal de gotejamento ou umidade na válvula ou nas conexões?
Qualquer anormalidade encontrada nesta inspeção deve ser corrigida imediatamente.
A Parte da Empresa Especializada: O Teste Hidrostático Anual
Este é o procedimento de manutenção mais importante e é obrigatório.
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O que é? O teste hidrostático, realizado por uma empresa qualificada, submete a mangueira a uma alta pressão de água, controlada em um equipamento específico. O objetivo é verificar se a estrutura da mangueira (seu reforço têxtil e tubo interno) continua íntegra e sem vazamentos.
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Quando fazer? A norma é clara: a cada 12 meses. Toda mangueira de incêndio em uso deve ser testada anualmente.
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O Resultado:
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Aprovada: Se passar no teste, a mangueira é esvaziada, seca internamente por um processo cuidadoso e recebe um selo de conformidade com o nome da empresa e a data do teste, podendo ser usada por mais um ano.
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Reprovada: Se a mangueira apresentar vazamento, bolhas ou estourar durante o teste, ela é condenada. A empresa deve inutilizá-la (geralmente cortando as uniões) para garantir que ela nunca mais seja colocada em serviço.
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O Risco da Mangueira Vencida e o "Barato que Sai Caro"
Uma mangueira reprovada no teste é uma bomba-relógio. Se ela falhou em um ambiente controlado, imagine o que aconteceria em um incêndio real. É aqui que o investimento em qualidade (discutido no Artigo 2) se paga: mangueiras de baixa qualidade são as campeãs de reprovação já no primeiro teste, obrigando o proprietário a comprar um novo produto e transformando a falsa economia em prejuízo.
Consertar ou Substituir? A Decisão Inteligente
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Conserto (Reempatação): Um "conserto" só é possível em uma situação muito específica: um pequeno dano ou vazamento junto à união Storz. Nesse caso, a ponta danificada pode ser cortada e a união reinstalada. Mesmo após este procedimento, a mangueira deve passar por um novo teste hidrostático para ser aprovada.
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Substituição: Para qualquer outro dano – furos, cortes, desgaste no corpo da mangueira ou reprovação no teste hidrostático – a única opção segura e permitida pela norma é a substituição completa. Tentar "remendar" o corpo de uma mangueira é proibido e extremamente perigoso.
Conclusão
A responsabilidade sobre o sistema de hidrantes é dividida: a inspeção visual e o zelo são do gestor; o teste técnico e a certificação são da empresa especializada. Cumprir rigorosamente o calendário de manutenção é o que transforma uma simples mangueira em uma ferramenta confiável e salva-vidas.
Quando foi o último teste hidrostático das suas mangueiras? Se o selo de manutenção tem mais de 12 meses ou se alguma mangueira foi reprovada, a ação precisa ser imediata. A segurança não pode esperar.
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